De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, considerada uma droga poderosa que atua no sistema nervoso central. Quase 6 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência do tabaco.

Pelo menos 600 mil são fumantes passivos, ou seja, convivem com fumantes. As perspectivas são de que esse número possa chegar a 8 milhões até 2030. Por isso é importante conscientizar a população que o tabagismo é uma doença crônica, mas que possui tratamento.

O estresse é a principal armadilha para o problema com do tabagismo, ele acaba funcionando como uma válvula de escape para situações de grande estresse e ansiedade.

O tabagismo causa dependência no início por causa da nicotina, a substância psicoativa presente na fumaça do cigarro. Além da dependência física causada pela nicotina ainda temos a dependência comportamental que se caracteriza pela rotina associada ao uso do tabaco criada pelo fumante.

As pesquisas realizadas no Brasil por diferentes instituições de referência no assunto na última década indicam que o uso de tabaco ocupa o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no país.

A idade média de experimentação de tabaco entre os jovens brasileiros é de 16 anos de idade, tanto para meninos quanto para meninas. Nacionalmente, a frequência de fumantes jovens do sexo masculino tende ser maior do que do sexo feminino.

Os estudos indicam que a experimentação de tabaco é maior entre estudantes da rede pública de ensino e, geralmente, as frequências de uso de tabaco nos últimos 30 dias também são maiores em instituições de ensino públicas. Quando comparados às pesquisas anteriores, os resultados indicam melhora nos indicadores de experimentação, percentual de usuários de tabaco nos últimos 30 dias, incluindo aumento da idade média da experimentação.

A dependência do tabaco é percebida quando o fumante precisa manter o uso diário da nicotina na qual o uso vai aumentando gradativamente quando o efeito de um cigarro já não satisfaz. Dessa forma para conseguir o efeito desejado há um acentuado aumento de uso da substancia. Outro sintoma bastante comum é quando o indivíduo fica sob situação de estresse ou ansiedade e precisa fumar para amenizar o desconforto desses sentimentos. O cigarro acaba se tornando um ponto de apoio na busca do bem-estar momentâneo.

É normal que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém, as dificuldades tendem a diminuir a cada dia. O apoio da família e amigos nesse processo é fundamental para que o resultado seja positivo. Por se tratar de uma dependência, a dificuldade do fumante não se limita a apenas ter força de vontade, é preciso ir além e conseguir combater as mudanças orgânicas causadas pelo cigarro no organismo.

Existem graus de dependência e o tratamento vai ser direcionado. No grau mais moderado, uma simples mudança de rotina e hábitos mais saudáveis aliados a pratica de exercícios já ajudam a largar o vício. Para àqueles com grau mais elevado, o tratamento com medicamentos alivia muito o desconforto e auxilia no abandono do cigarro.

Quem está parando de fumar passa por duas fases durante o tratamento. A primeira fase consiste em vencer a abstinência, isso porque ela pode ser um fator que dificulta o tratamento pois pode causar irritabilidade, depressão, falta de concentração, insônia e aumento do apetite. Se aliar essa primeira fase a um tratamento medicamentoso, enfrentar a segunda fase por ser menos dificultoso, pois é a partir daí que ela vai enfrentar as situações que antes ela recorria ao cigarro. Por isso é importante buscar ajuda médica para o tratamento correto do tabagismo.

Pesquisas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco maior de adoecer de câncer de pulmão, sofrer infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar, além de derrame cerebral. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia