O consumo crônico de álcool provoca alterações psicológicas muito profundas, altera padrões éticos e emocionais da pessoa, prejudica relações familiares e leva à alterações dos órgãos vitais como o coração, fígado e aparelho digestivo. O uso de álcool também está associado ao desenvolvimento de doenças autoimunes, distúrbios sexuais alterações no sono e diabetes.

O álcool funciona muitas vezes como válvula de escape para situações do cotidiano da qual as pessoas sentem dificuldade de enfrentar. A busca pela autoafirmação, por uma posição de destaque no grupo de amigos também pode fugir do controle, e essas situações são frequentes. Fatores sociais, psicológicos e sobretudo genéticos, contribuem decisivamente para a instalação do alcoolismo.

Antes da dependência ocorre a tolerância, que é o fato de uma pessoa precisar de doses cada vez maiores para produzir os mesmos efeitos e pode ser um alerta para o desenvolvimento da doença.

A dependência pode ser percebida quando há uma necessidade incontrolável de beber, dificuldade em impor limites ao consumo de bebida, e a abstinência causa sintomas como náusea, suor, tremores e ansiedade.

O alcoolismo é uma doença que se desenvolve após o uso repetido de álcool.

O tratamento depende do grau de dependência do indivíduo e dos recursos disponíveis. Eles podem ser feitos em hospitais, em casa ou em consultas ambulatoriais. O envolvimento dos familiares é o pilar mais importante para a recuperação do dependente. O tratamento pode incluir a desintoxicação, que é o processo de retirada o álcool de uma pessoa de maneira gradativa e com segurança. Outra possibilidade é o uso de medicamentos para que haja a diminuição da compulsão pelo consumo do álcool e para que ele se torne aversivo. Junto a isso o aconselhamento e grupos de apoio podem ajudar a pessoa a identificar situações e sentimentos que levam à necessidade de beber além de construir novas maneiras de lidar com essas situações. Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia